Dezembro vermelho: enfrentamento da Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis
Covid-19 desencadeou queda em diagnósticos e tratamentos.
A campanha Dezembro Vermelho é realizada em todo o país com atividades relacionadas ao enfrentamento do HIV/Aids e demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Instituída pela Lei nº 13.504/17, a mobilização tem como foco a prevenção, assistência e proteção. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico e, por meio da alteração do DNA, faz cópias de si mesmo. Sem cura até o momento, a única forma de prolongar a vida das pessoas infectadas é por meio do tratamento antirretroviral. O teste pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Tratamento e medicamentos também são oferecidos pelo SUS – veja os locais.
Já as ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual desprotegido com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Exemplos conhecidos são herpes genital, HPV, gonorreia, sífilis e outras. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso da camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C.
HIV (vírus) é diferente de Aids (doença). Ter HIV não significa ter Aids. É possível não desenvolver a doença, mas transmitir o vírus para outras pessoas.
Transmissão
• Relação sexual sem proteção ou troca de fluidos corporais
• Durante o parto ou amamentação da mãe infectada para o bebê
• Transfusões de sangue
• Transplante de órgãos
• Compartilhamento de agulhas
Não há transmissão
• Sexo com camisinha
• Masturbação
• Beijo no rosto ou na boca
• Suor e lágrima
• Picada de inseto
• Aperto de mão ou abraço
• Sabonete, toalha ou lençóis
• Talheres/copos
• Assento de ônibus
• Piscina
• Banheiro
• Doação de sangue
• Pelo ar
Covid-19 e HIV
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), estudos na Inglaterra e na África do Sul descobriram que o risco de morrer por Covid-19 entre as pessoas com HIV era o dobro da população em geral. Com lockdowns e outras restrições, testes de HIV foram interrompidos em muitos países, levando a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para tratamento.
Queda
• diminuição de 18,7% na taxa de detecção de Aids (2012-2019)
• diminuição de 17,1% na mortalidade (2015-2019)
• menos de 100 mil pessoas desconhecem estar infectadas (2019 - 135 mil)
Estatísticas globais sobre HIV
-37,7 milhões de pessoas no mundo inteiro estavam vivendo com HIV em 2020
-Cerca de 6,1 milhões de pessoas não sabiam que estavam vivendo com o HIV em 2020
-680 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS em 2020
-2,1 milhões de pessoas vivendo com HIV na América Latina em 2020
-13.677 novos casos detectados no Brasil em 2020
-79,3 milhões de pessoas foram infectadas com o HIV desde o início da doença
-36,3 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da doença
*Fonte: Unaids, 2021
N.R.: texto originalmente publicado em 9/12/21.
Comunicação Social TJSP – SB (texto) / LF (layout)
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