InspirAÇÕES: Servidora que abraçou nova carreira no TJSP aos 46 anos se aposenta ao completar 75

Uma trajetória dedicada ao Tribunal e ao jurisdicionado.

 

    Aos 46 anos de idade, casada e com três filhas, Rosa Mary Martins decidiu mudar de vida e tentar transformar em realidade o sonho de trabalhar no Tribunal de Justiça de São Paulo. Aprovada no concurso público para escrevente técnico judiciário em 1993, ela percorreu trajetória profissional exemplar que se encerra em breve, pois está prestes a completar 75 anos, idade em que os servidores públicos devem se aposentar compulsoriamente. Atualmente coordenadora do 13º Ofício Cível Central, Rosa se despede do Fórum João Mendes Júnior e de uma carreira funcional integralmente dedicada ao TJSP, afirmando que, não fosse a obrigatoriedade da aposentadoria, continuaria a servir no Judiciário paulista ainda por muitos anos.

    “Lembro-me que, há quase 30 anos, uma de minhas três filhas, Gabrielle, já era servidora do Tribunal. Algumas vezes eu a levava até o trabalho, no Fórum João Mendes Júnior, e ficava encantada com aquele prédio. Então eu pensava comigo mesma: ‘Um dia, eu estarei aí’”, contou Rosa Mary, que até então se dedicava exclusivamente ao lar. Em 1993 ela prestou o concurso junto com Paola, a filha caçula. “Fizemos o curso juntas e passamos, o que chamou a atenção à época por mãe e filha serem aprovadas no mesmo concurso”, recordou.

    A filha, que chegou a pensar em não fazer a prova, mas foi vencida pela insistência da mãe, conta como foi a preparação. “Eu já estava na faculdade quando minha mãe e eu resolvemos prestar a prova. Ela teve que estudar toda a matéria entre as horas que cuidava das tarefas da casa e cuidar das filhas e do marido. Vencida a primeira prova, precisávamos nos preparar para a segunda fase, então dividíamos nossa máquina de escrever para treinar. Ela treinava pelas manhãs, enquanto eu estava na faculdade, e eu à tarde”, detalhou Paola Martins, emocionada, ao rememorar o esforço da mãe e a recompensa da sonhada aprovação. “Eu e minha mãe tomamos posse juntas, em outubro de 1993. Era o sonho dela trabalhar no Tribunal. Ela se doa, adora o que faz. Esta é a sua segunda casa”, completou Paola.

    Empossada, a mãe de família e esposa dedicada foi trabalhar na 40ª Vara Cível Central e, posteriormente, na 39ª Vara Cível Central, em 1995, em ambas as unidades com o juiz Gilson Delgado Miranda, atualmente desembargador. A partir de 1999, a servidora foi chamada para o gabinete da então 2ª Vice-Presidência, com os desembargadores Djalma Rubens Lofrano e Maurílio Gentil Leite, e também com o desembargador Roberto Antonio Vallim Belocchi, 4º vice-presidente da Corte à época.

    “A cada nova designação, novos ares, novos desafios e novos amigos se somavam. Eu me sentia realizada no meu trabalho e procurava sempre cumprir com todas as minhas obrigações nesta instituição, que considero como meu segundo lar e tenho muito orgulho de fazer parte”, declarou a servidora. Em abril de 2004, assumiu o cargo de chefe de seção no 13º Ofício Central e, em 2005 seguiu para o 25º Ofício Central. Em 2007, Rosa Mary foi indicada ao cargo de coordenadora do 13º Ofício Cível Central, onde permanece até hoje. 

    Gabrielle Martins, a primeira da família a entrar no Judiciário paulista, também se orgulha ao falar da “funcionária-padrão”, como carinhosamente apelidou a mãe. “Ela sempre trabalhou com afinco, desde a posse, sendo recompensada com nomeações para cargos de chefia e de coordenação, função em que se aposentará. Mesmo com as muitas mudanças e inovações – da máquina de escrever ao computador, das audiências presenciais às virtuais, do processo físico ao digital –, ela sempre se manteve atualizada. Dedicada e persistente, a idade nunca a segurou”, enalteceu a filha.

    Atualmente estão em atividade no Tribunal de Justiça de São Paulo 19 servidoras e 15 servidores com 74 anos. A data da aposentadoria já está marcada, mas os planos de Rosa são de manter o vínculo e adiar a despedida do TJSP por meio de trabalho voluntário que pretende iniciar. “Deixo aqui a minha satisfação e meu agradecimento por ter tido a oportunidade de trabalhar nesta instituição, com juízes e desembargadores que me ensinaram muito em toda a minha trajetória. Não posso esquecer também de agradecer aos colegas pelo impecável trabalho e garra que sempre desempenharam. Tenham a certeza de que dei o melhor de mim, sempre com tratamento respeitoso às partes e seus advogados", ressaltou a servidora.

 

    Comunicação Social TJSP – TM (texto) / KS (foto)

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