Coordenadoria da Infância e Juventude abre ciclo de seminários 2011

        Foi aberto na manhã de hoje (25) o ciclo de seminários temáticos 2011 da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo. O evento tem como objetivo abordar temas relevantes para a qualificação das ações dos profissionais do sistema de justiça e da rede de atendimento às crianças, adolescentes e famílias usuárias do Poder Judiciário.
        O projeto conta com a parceria da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis) e a colaboração do Núcleo de Apoio Profissional de Serviço Social e Psicologia do TJSP.
        O coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Antonio Carlos Malheiros, fez a abertura do seminário e ressaltou a importância dos conteúdos das palestras e sua contribuição para todos que atuam na área da infância e da juventude. 
        Malheiros destacou a relevância das audiências concentradas. “Nossa pretensão é fortalecer os laços familiares e levar as crianças de volta para casa, se não for possível encaminhá-las a suas famílias, serão encaminhadas à adoção. Com as palestras de hoje, estamos nos organizando para a segunda etapa das audiências concentradas.” 
        Durante as audiências concentradas, realiza-se a verificação individualizada da situação pessoal e processual das crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente ou familiarmente, como recomenda a Corregedoria Nacional de Justiça na instrução normativa nº 2 de 30/6/10. 
        A intenção é revisar cada um dos casos, em parceria com o Poderes Executivos municipal e estadual, principalmente para aprimorar a garantia de direitos dos menores e promover a reinserção familiar, quando isso for possível.
        O primeiro seminário abordou os temas “Rede Social de Apoio”, “Carta de Rede” e o “Genograma” como instrumentos para auxiliar estudos e planos individuais de atendimento a crianças e adolescentes em regime de acolhimento. 
        A assistente social judiciária do Serviço Psicossocial Vocacional do TJSP, Dalva Gueiros, discorreu sobre “rede social de apoio e o genograma”. Ela falou da importância do genograma na compreensão dos aspectos da vida, presentes na família e na sua história.
        O genograma é uma representação gráfica da genealogia familiar, nas linhas paterna e materna. Por meio da entrevista do genograma é possível construir - em conjunto com as famílias - suas histórias e suas interpretações acerca da vida familiar. É realizada a coleta e a reflexão de informações relativas à demografia, à estrutura, às alianças, aos rompimentos intergeracionais e a aspectos socioculturais. 
        Em seguida, a assistente social, Maria Luisa Pereira Ventura Soares, diretora do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN) falou sobre “cartas de rede”. Para ela, a rede social é construída por um conjunto de relações interpessoais a partir das quais uma pessoa mantém a própria identidade social, recebe sustento emotivo, ajuda material, serviços, informações, tornando possível o desenvolvimento de relações sociais.
        Maria Luisa salientou que a intervenção de rede é uma prática de trabalho social que se caracteriza pela centralidade que as redes primárias assumem, considerando as pessoas em relacionamento recíproco dentro de uma rede. Parte da premissa de que cada pessoa é responsável pela própria vida, concebendo-a junto a outras pessoas.
        A juíza da Vara da Infância e da Juventude da Lapa e integrante da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJSP, Renata Bittencourt Couto da Costa, ao proferir sua palestra salientou que 58,2% das crianças abrigadas têm vínculos familiares; 22,7% têm famílias, mas sem vínculo e 20% das crianças são abrigadas fora de seus municípios.
        O seminário foi interativo - via internet. Técnicos e juízes enviaram suas perguntas, que ao final das palestras, foram respondidas.
        Na oportunidade, a juíza Renata Bittencourt Couto da Costa apresentou um novo ícone no site da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP. O ícone “Área Restrita” é limitado aos técnicos e juízes do Tribunal que nele encontrarão elementos para auxiliá-los nas decisões, como modelos, sentenças, acórdãos e jurisprudências, entre outros temas. Os demais conteúdos disponibilizados no site da Coordenadoria são abertos ao público.
        A magistrada enfatizou que, além das consultas, podem ser enviadas sugestões por e-mail, direcionados à coordenadoria, para serem incluídas no site. Os interessados poderão assistir às palestras de hoje acessando www.tjsp.jus.br/coordenadoriaInfanciajuventude  ou  www.apamagis.com.br/videos.

        Assessoria de Imprensa TJSP – LV (texto e fotos)

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